quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Universo



Já parou pra imaginar o quanto é grande o universo? E sua insignificância diante de tal grandeza? Você é um ponto tão pequeno que pode ser considerado nulo, inexistente, simplesmente uma dizima próximo de zero, conjunto vazio, nada.
Me pego pensando, estamos dentro de um universo tão grande que não existe medição para ele, ele é simplesmente, enorme, e creio que é impossível calcular em números por mais exata que seja a matemática.
Então achar que sua vida tem significado é não considerar que diante do universo sua existência é nula. No livro “O Restaurante No Fim Do Universo” quando se comete um crime de grandeza, você é submetido a passar pelo “Vórtice de perspectiva total”, que te põe diante da grandiosidade do universo e mostra sua insignificância e assim como conseqüência seu cérebro explode.
Nesse mesmo livro eles definem o termo “infinito” pra você ter mais ou menos noção de quão grande é o universo. Vou escrever o trecho do livro sobre o Universo.

                                                                                                    Henrique Moore


O Universo
Algumas informações podem ajudá-lo a viver nele.


1. Área: Infinita.
O Guia do mochileiro das galáxias oferece a seguinte definição para a palavra “Infinito”:
Infinito: Maior que a maior de todas as coisas e um pouco mais isso. Muito maior que isso, na verdade, realmente fantasticamente imenso, de um tamanho totalmente estonteante, tipo “puxa, isso é realmente grande!”. O infinito é tão totalmente grande que, em comparação a ele, a grandeza em si parece ínfima. Gigantesco multiplicado por colossal multiplicado por estonteantemente enorme é o tipo de conceito que estamos tentando passar aqui.


2. Importações: Nenhuma
É impossível importar coisas para uma área infinita, pois não há exterior onde importar as coisas.

3. Exportações: Nenhuma
Vide Importações

4. População: Nenhuma
É um fato conhecido que há um número infinito de mundos, simplesmente porque há um espaço infinito para que esses mundos existam. Todavia, nem todos são habitados. Assim, deve haver um numero finito de mundos habitados. Qualquer número finito dividido por infinito é tão perto de zero que não faz diferença, de forma que a população de todos os planetas do universo pode ser considerada igual a zero. Disso podemos deduzir que a população de todo o Universo também é zero, e que quaisquer pessoas que você possa encontrar de vez em quando são meramente produtos de uma imaginação perturbada.

 5. Unidades Monetárias: Nenhuma
Na realidade há três moedas correntes na galáxia, mas nenhuma delas conta. O Dólar Altairense entrou em colapso recentemente, a Baga Flainiana só pode ser trocada por outras Bagas Flainianas e o Pu Trigânico tem problemas próprios e muito específicos. Sua atual taxa de câmbio de oito ningis por cada Pu é bastante simples, mas como cada Ningi é uma moeda triangular de borracha de 10.900 quilômetros em cada lado, ninguém jamais as juntou em numero suficiente para possuir um Pu. Ningis não são moedas negociáveis, porque os Galactibancos recusam-se a lidar com trocados. Partindo-se dessa premissa básica, é simples provar que os Galactibancos também são produto de uma imaginação perturbada.

6. Arte: Nenhuma
A função da arte é espelhar a natureza, e basicamente não existe um espelho que seja grande o bastante – vide item 1.

7. Sexo: Nenhum
Bem, para dizer a verdade isso acontece bastante, em grande parte devido á total falta de dinheiro, comércio, bancos, arte ou qualquer outra coisa que pudesse manter ocupadas todas as pessoas não-existentes do universo.
Contudo, não vale a pena entrar numa longa discussão sobre o assunto porque ele de fato é incrivelmente complicado. Para maiores informações veja os seguintes capítulos do Guia: 7, 9, 10, 11, 14, 16, 17,19, alem dos capítulos 21 e 84, inclusive. Na verdade, veja quase todo o resto do guia.

 Douglas Adams ( O Restaurante No Fim Do Uiverso, Cap. 19)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Quando Minha Face For Teu Espelho



Eu serei belo quando minha face for teu espelho,
E nela refletir com uma presa e desespero,
O que de belo tem no seu profundo olhar,
Eu terei prazer quando meu desejo se deitar em sua carne,
E nas horas que se passarem não sentir o quanto é tarde,
E em seu colo deitar fadigado.
Eu serei completo quando parte sua for minha,
Pra um inteiro meu ser seu,
E feliz vou estar, por um segundo que seja.
Mas que seja o segundo, que segundo suponho, será o melhor.

                                                                                                                                Henrique Moore