terça-feira, 11 de maio de 2010

Cotidiano rapido



Coloque-se de pé,

Fique com fé,

Deixe de drama,

Saia da cama,

Veja amanhecer,

E quando o sol aparecer,

Dára tempo de correr,

Para o outro lado,

Ficar parado,

Se deixe deitado,

Que já vai anoitecer.


Henrique Moore

domingo, 2 de maio de 2010

A noite



A noite se anuncia,
Trazendo em seu peito imenso frio,
Com ventos tão calmos e sombrios,
Tira aos poucos do corpo calafrios,
Sentado no chão, no frio e calado,
Cala minha boca, frio,
Aqueta meu corpo,
Que por pouco não se desfez de chorar,
Talvez sozinho, no frio eu fique,
Quando de repente a noite se anunciar.

Henrique Moore

sábado, 1 de maio de 2010

Meu bem e os pássaros




Acorde meu bem,

Venha ver na janela os pássaros voando com desdém.
Voar pra quem? Se ninguém quer ver alem,
Alem de asas batendo, pairando no vento ou parado no ar,
Pra que voar com beleza, mostrar pra ninguém ficar,
Não merecem um vintém aqueles que tem desdém de olhar,
Ficar e olhar meu bem, como os pássaros voam com tanto desdém.
Acorde meu bem ou ficaremos também com desdém de olhar.

Henrique Moore

Amor




Aprendi uma palavra nova,

Não exatamente uma palavra nova.

Aprendi o significado, pra ser mais exato.

Ouvia muito essa palavra, mas vivia sem entender,

Uma palavra que sai da boca e vira sentimento.

Um sentimento capaz de derrubar corações e fortalezas,

De tirar aquilo mais abafado nas profundezas,

De que esse sentimento, junto com a palavra "não"

Deixa como uma criança sem mãe, o coração,

Uma palavra simples, de grande significado,

E foi com você que eu fui entender.


Henrique Moore

Nós, Sós



Corremos nós, corremos sós
No escuro sem escudo
E se a luz bater e de tão forte, cegar?
Corremos nós, corremos sós
No escuro sem escudo
E já cegos
E que diferença fará, se tropeçar?
Arrastamos nós, Arrastamos sós
No escuro sem escudo
E já cegos e no chão
Se o corpo desistir, continuara a seguir?
Paramos nós, paramos sós
No escuro sem escudo
E já cegos e no chão, seguir deixa de ser uma opção.

Henrique Moore